segunda-feira, 16 de março de 2015

Corrida Dia do Pai - Crónica

Finalmente a primeira corrida do ano. Tinha a inscrição feita há mais de um mês, e só dois dias antes é que tomei a decisão de participar. As expetativas eram apenas, chegar ao fim sem problemas físicos.
A prova foi organizada pela RunPorto, e decorreu como habitualmente, perto do Parque da Cidade. Este ano o percurso sofreu ligeiras alterações, estando agora um pouco mais acessível na minha opinião. Só o facto de não termos que subir  Av. da Boavista quase até ao fim, ajudou a tornar a prova um pouco mais acessível.


O mal das tecnologias 
Sai de casa com tempo. Queria chegar cedo, levantar o dorsal, aquecer bem e correr. A aventura começou quando decidi pesquisar pelo que pensava ser o local de partida da prova, visto que a partida/chegada mudou este ano. Acontece que o GPS me levou para um local diferente, seguramente a uns 10kms da partida. Toca a vir para trás e tentar deixar o carro na zona que costumo deixar.
Cheguei lá quase a 40min do inicio da corrida. Centenas de pessoas a caminho, muito trânsito. Foi complicado arranjar estacionamento. Acabei fazendo o aquecimento do carro até ao local de partida. Por tontice minha, corri sem dorsal. Nesta prova a entrega de dorsal é feito até ao dia anterior à prova. Está mencionado no site da RunPorto, mas sinceramente nem considerei a possibilidade de não poder levantar o dorsal no dia da prova. Tentei falar com elementos da organização, mas foram todos intransigentes.  Fui obrigado a partir do fim do "poletão".
Pior fiquei no fim da prova, quando me impediram, mais outros colegas na mesma situação, de levantar o saco com as bebidas isotónicas e sobretudo a medalha de participação. Sou dos que tem gosto nessas coisas. Guardo as medalhas e dorsais de todas as provas que participei. E não apreciei a intransigência por parte da organização. Pergunto-me como querem que façam os atletas que vão participar nas provas da RunPorto, que são de longe. Que não tem possibilidade de levantar o dorsal previamente. Como esperam que esses atletas levantem o respetivo kit? Entendo que numa prova com milhares de participantes, queiram evitar entregar dorsais no dia da prova, pois certamente a prova não ia começar a horas. Mas devia haver maior sensibilidade para questões como esta. No fundo paguei para correr de borla.

Como foi a prova
Milhares de pessoas a participar, muitas famílias a participar na caminhada. Tempo perfeito. Tudo estava óptimo. Como partr atrasado, o inicio foi a confusão do costume. Tive sorte de o início  apanhar uma ligeira descida, que ajudou a minimizar o tempo perdido pela confusão inicial.
Primeiros três kms foram feitos entre 04:14 e 04:24, depois decidi acalmar um pouco, pois senti que tinha as bmps muito altas, e não estava a sentir-me totalmente confortável. Achei que ia rápido demais. Curiosamente mal as bmps estabilizaram, consegui estabilizar num ritmo muito aceitável.


A subida para a Av. da Boavista correu melhor do que esperava. Sempre tive  dificuldades com subidas, onde minhas bmps sobem mais que o normal. Não só tenho treinado pouco, como não faço treinos de rampas há meses, pelo que procurei ir com calma. No entanto, consegui não perder muito tempo na subida. Quando foi tempo de descer, deixei minhas bmps estabilizar e puxei forte nos últimos kms, fechando com 03:28. Não tenho muitas corridas de 10kms no curriculum é certo, mas foi sem duvida o meu melhor final de sempre.
Consegui aplicar a estratégia que comecei a praticar nos primeiros treinos de 2015. Não abusar no inicio e acabar forte.
Destaco as sapatilhas Adidas Supernova Glide 6. Gosto cada vez mais delas. Senti-me muito bem com elas, cada vez melhor.
Tempo final: 00:42:12
Recorde pessoal melhorado em cerca de 18s. Mais não podia pedir.



Esta prestação foi uma surpresa total para mim. As ultimas semanas tem sido complicadas, e não esperava de todo melhorar meu RP nesta distância. Sinceramente, queria só chegar ao fim sem dores.  Fica aquela sensação agridoce de ter partido atrasado. Talvez desse para baixar do minuto 42.
Quanto ao joelho. Portou-se bem. Embora não esteja 100%, aguentou bem o ritmo que imprimi. Apenas deu sinal de vida no pós-corrida. De resto, algumas dores na anca, mas essas aguento bem.

E então? Isto quer dizer que vou à Maratona?
Ainda não sei dizer. Esta corrida deu algum alento, mas não posso esquecer que nem 20 kms consegui fazer há uma semana atrás apenas. Não posso esquecer a lesão que ainda não está 100% debelada. E por fim não posso esquecer que tenho treinado muito pouco.
A pouco mais de um mês da Maratona, o cenário não está nada famoso. Vou tentar aumentar o volume de treino substancialmente, fazendo 4 treinos semanais, com pelo menos 2 bi-diários. Não sei é como vai reagir o corpo e o joelho.
Se até final do mês não conseguir fazer 30kms dentro de um ritmo aceitável, e sem os problemas que tenho tido, acho que posso esquecer a Maratona mesmo.
Dedos cruzados :)

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